Consórcio imobiliário: vale a pena fazer?
Fazer consórcio imobiliário vale a pena para quem não tem pressa em se mudar e precisa de um comprometimento para poupar todo mês.
É uma modalidade de investimento em alta no país e que vem atraindo cada vez mais interessados por estimular o planejamento financeiro, ter parcelas mensais acessíveis e dar poder de compra à vista.
O consórcio imobiliário é o terceiro mais popular no país, atrás dos de veículos leves e motos. Para se ter uma ideia, 169 mil pessoas compraram cotas de consórcios de imóveis entre janeiro e julho de 2020. O tíquete médio mensal foi de R$ 183,4 mil (18% maior que o mesmo período de 2019) e os créditos concedidos somaram R$ 7,8 bilhões (76% a mais), mostra a Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios).
Quer se informar melhor sobre o sistema de consórcios imobiliários e saber se essa modalidade se encaixa nos seus planos? Então, leia o post que preparamos!
O que é consórcio imobiliário?
O consórcio é formado por um grupo de pessoas em torno de um interesse comum: a compra de um imóvel. Todos pagam mensalmente uma quantia definida por contrato.
Todo mês, um ou mais consorciados são contemplados e recebem a quantia (uma carta de crédito) para comprar o bem. Além do sorteio, é possível dar lances e, assim, adquirir o imóvel mais rápido. O valor do lance é sempre abatido do saldo devedor.
Quando você contrata o consórcio imobiliário, tem a liberdade de escolher entre comprar um imóvel residencial novo ou usado; construir, reformar ou ampliar o lugar onde você já mora; adquirir imóveis na planta; comprar terrenos ou usar o dinheiro para quitar um financiamento.
E como funciona o consórcio de imóveis na compra do bem? É a administradora do grupo que efetua o pagamento direto para o vendedor e à vista – sendo assim, seu poder de negociação de descontos aumenta.
Como escolher a administradora de consórcio
A administradora é quem gerencia os grupos. Já quem regula e fiscaliza o trabalho dessas empresas é o Banco Central.
Para auxiliar os consumidores, o Banco Central disponibiliza um ranking de reclamações das administradoras.
Valor das prestações mensais
As parcelas mensais pagas pelos consorciados são formadas por três ou quatro itens, a saber:
1. Fundo comum
É o valor que cada participante paga para formar a poupança que vai custear a aquisição do imóvel. Esse fundo é calculado dividindo o preço do bem pela duração do consórcio.
Veja um exemplo:
- Valor do imóvel: R$ 200 mil
- Duração do consórcio: 100 meses
- Valor mensal do fundo comum: R$ 2 mil
2. Taxa de administração
É a taxa cobrada pela administradora do grupo pela prestação dos serviços. Se essa tarifa for de 15%, cada consorciado vai pagar mensalmente 0,15% sobre o valor do imóvel, caso a duração seja de 100 meses. Depois, basta multiplicar o preço do bem pelo índice mensal.
- Valor do imóvel: R$ 200 mil
- Duração do consórcio: 100 meses
- Taxa de administração: 15% (0,15% mensal)
- Valor mensal da taxa de administração: R$ 300
3. Fundo de reserva
É o fundo de proteção do grupo em caso de inadimplência, por exemplo. O percentual incide sobre o valor do imóvel e é diluído mensalmente. Se o fundo for de 2%, por exemplo, basta multiplicar o total do bem por 0,02 (se forem 100 meses de consórcio).
- Valor do imóvel: R$ 200 mil
- Duração do consórcio: 100 meses
- Fundo de reserva: 2% (0,02% mensal)
- Valor mensal do fundo de reserva: R$ 40
Seguro
É um item opcional nos contratos e funciona como garantia extra em caso de inadimplência, falecimento ou perda de emprego.
Sabendo qual a fórmula da prestação mensal, chegamos ao resultado da simulação:
- Fundo comum: R$ 2 mil
- Taxa de administração: R$ 300
- Fundo de reserva: R$ 40
- Prestação mensal: R$ 2.340 (desconsiderando o seguro)
Consórcio imobiliário ou financiamento?
O consórcio tende a ser mais vantajoso do que um financiamento imobiliário porque o valor pago é inferior ao de um empréstimo no banco.
Para contratar o financiamento, a capacidade econômica do interessado passa pelo aval do banco, que pode negar o empréstimo se perceber que existe risco de inadimplência.
Outro aspecto que pode interferir na autorização do crédito é o desempenho da economia. Quando há desconfiança do mercado e o desemprego está em alta, por exemplo, os bancos restringem mais a concessão do crédito, o que dificulta a permissão para financiar.
Enquanto o consorciado começa o pagamento das parcelas mensais antes de se mudar, no financiamento, as prestações se iniciam depois da compra do imóvel. O banco paga o bem, e o comprador paga mensalmente, com juros e encargos, até a quitação da dívida. Geralmente, o prazo máximo para financiar é de 35 anos.
O financiamento ainda exige o pagamento de uma entrada, cujo valor depende da instituição financiadora, e tem cobrança de juros, que, na Caixa Econômica, vão de 2,95% a 4,95% ao ano mais a inflação.
E agora, consórcio imobiliário ou financiamento, qual o melhor para seu caso? Tire suas dúvidas na tabela comparativa:
Consórcio | Financiamento |
Começa a pagar antes de comprar o imóvel | Começa a pagar depois de comprar o imóvel |
Sem entrada | Com entrada |
Sem juros | Com juros |
Dinheiro é liberado somente após ser sorteado ou dar lances | Dinheiro é liberado logo após aprovação do crédito |
FGTS no consórcio imobiliário
Você tem saldo no FGTS? Saiba que é possível usar integralmente o valor para ofertar lances. Para isso, basta entregar o extrato para a administradora do consórcio.
Outra possibilidade é usar o dinheiro do fundo de garantia para pagar as parcelas mensais e amortizar o saldo devedor, após a aquisição do bem.
O consórcio imobiliário vale a pena porque se trata de um autofinanciamento. Você contribui mensalmente, sem se preocupar com valor de entrada ou taxas de juros.
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