15 principais erros na gestão de pessoas em microempresas
Erros na gestão de pessoas podem atrapalhar sua estratégia de negócio, e negligenciá-los não é a melhor forma de lidar com eles. Uma pesquisa do Great Place to Work revelou que mais de um terço dos funcionários se sentem mais produtivos quando trabalham em empresas que investem em um ambiente saudável.
O mesmo estudo descobriu que as empresas eleitas como as melhores para se trabalhar tiveram duas vezes mais rentabilidade que as outras em um período de cinco anos. Entre os gestores, 43% afirmaram que os programas de bem-estar ajudam a reforçar missão e valores.
Todos esses indicadores positivos para os negócios são movidos por um aspecto em comum: a satisfação dos funcionários. Já parou para pensar qual é o nível de entusiasmo das pessoas que trabalham com você?
Neste artigo, apresentamos os 15 erros mais comuns na gestão de pessoas, quais são seus impactos na organização e como solucioná-los. Confira!
1. Não possuir critérios para contratação
Micro e pequenas empresas que não têm um processo definido para contratação de pessoal acabam sofrendo com funcionários despreparados e desalinhados com os propósitos da companhia, sem contar os desligamentos constantes.
É um erro de gestão que abala a equipe, pois provoca insegurança no ambiente de trabalho e deixa os funcionários desmotivados. Para a empresa, o ciclo contrata/treina/demite/contrata representa gastos elevados e que poderiam não existir.
A saída para o problema está em definir um processo de recrutamento e seleção e buscar candidatos que tenham as competências necessárias para o cargo. Comece definindo critérios para o desempenho de cada função. A partir daí, ficará muito mais fácil encontrar profissionais que se encaixam nos perfis.
2. Não fazer ambientação do novo colaborador
O funcionário recém-contratado deve passar por um período de ambientação, no qual vai conhecer os novos colegas, o local de trabalho e o dia a dia na função que vai desempenhar.
A integração do trabalhador vai permitir que ele conheça as tarefas diárias, como deve agir e quais são os resultados esperados. É nessa fase que ele deve conhecer a cultura da empresa, seus propósitos e informações básicas, como horários, normas, premiações e metas de crescimento.
Quando essa ambientação não acontece, o processo de integração do novo funcionário torna-se demorado, gerando ansiedade e insegurança.
3. Não treinar funcionários
O aprendizado constante da equipe é fundamental para o sucesso da empresa. Não hesite em estimular que os funcionários frequentem cursos, palestras e congressos, pois é o conhecimento adquirido nessas oportunidades que dará sangue novo para os negócios.
Uma nova abordagem sobre vendas, aprendida em um curso rápido, por exemplo, pode ser implementada, assim como uma ideia inovadora de gestão financeira pode acabar incorporada pela contabilidade e otimizar o tempo gasto com uma tarefa.
4. Não ter um plano de desenvolvimento
Crie um programa de desenvolvimento para cada função e mostre ao colaborador o que ele precisa fazer para avançar na empresa. Desenhe os cargos, descreva as atividades, a remuneração e as competências exigidas em cada um.
Dentro do escopo de um plano de cargos e salários, é preciso estabelecer uma hierarquia com base em três fatores: conhecimento exigido, complexidade das tarefas e responsabilidades da função.
A cada mês, faça avaliações, meça o progresso dos funcionários e conceda promoções aos que atenderam a todos os requisitos.
5. Ter falhas no plano de desenvolvimento
Metas inatingíveis e cobranças desalinhadas com a descrição do cargo e com a remuneração estão entre os erros mais comuns no processo de gestão de pessoas. A consequência é vista claramente no comportamento dos funcionários, que passam a ficar desmotivados, cansados e estressados, pois sabem que não vão conseguir cumprir objetivos impraticáveis.
Para que isso não aconteça na empresa, não crie o plano de desenvolvimento sozinho. Envolva os chefes de departamento nessa missão para criar metas atingíveis e claras.
Nas avaliações periódicas, procure saber do colaborador os motivos do baixo desempenho. Coloque-se à disposição para ajudá-lo nesse processo e atingir a performance desejada.
6. Ter falhas na comunicação interna
A empresa que não faz reuniões de alinhamento com a equipe tende a enfrentar problemas de comunicação e ter resultados insatisfatórios.
Evite essa falha e marque reuniões com os departamentos para explicar objetivos e metas, apresentar resultados, definir formas de atendimento ao cliente, enfim, deixe o funcionário informado sobre o que acontece onde ele trabalha.
7. Não dar e nem pedir feedback dos funcionários
O feedback é uma ferramenta crucial no processo de gestão de pessoas. Sem ele, o funcionário se sente desmotivado e perdido na empresa, pois não sabe se o seu desempenho está agradando o gestor.
Use o feedback para manter a equipe engajada e reconhecer o desempenho dos colaboradores. Esteja disposto também a pedir e receber feedbacks sobre aspectos diversos da empresa: a forma como se comunica e melhorias em processos e formas de gestão.
8. Não ter metas claras e atingíveis
Empresas devem trabalhar com objetivos bem definidos, atingíveis, mensuráveis e realistas. Além, é claro, de comunicá-los aos funcionários para que saibam quais caminhos seguir para cumpri-los.
Todo negócio deve trabalhar com um plano de metas que seja alcançável, caso contrário as pessoas se sentirão desanimadas e incapazes. O programa de objetivos deve ser debatido entre os líderes de todas as áreas, que indicarão quais resultados estão alinhados com o propósito da empresa.
9. Não informar o direcionamento da empresa
Informar o propósito, a missão e os valores da empresa mantém os trabalhadores engajados na busca pelo melhor desempenho. É uma forma de sintonizar os funcionários com os ideais da organização e fazer com que eles se sintam pertencentes ao ambiente.
Como resultado, você terá colaboradores mais comprometidos e alinhados com o discurso da empresa. Comunicar o propósito também faz com que as pessoas deem seu melhor no trabalho, que confiem na organização e que acreditem que possam fazer a diferença.
10. Não preparar líderes
Gestores despreparados têm dificuldade para liderar equipes, conduzi-las para o atingimento dos resultados e de se comunicar com o próprio time.
O processo preparatório dos cargos de liderança deve trabalhar alguns pontos, como: formas de comunicação, estratégias de motivação e maneiras de incentivar os colaboradores a darem o seu melhor.
11. Não dar gratificações
As gratificações são uma forma de valorizar talentos e reter funcionários. A bonificação pode ser paga por comissões, prêmios ou participação nos lucros e resultados.
Um ambiente de trabalho que concede gratificações pode experimentar mudanças no comportamento das pessoas, entre as quais: melhora na qualidade da produção, aumento da dedicação e maior envolvimento.
A concessão do benefício, porém, não pode ter critérios subjetivos. Comunique a equipe em quais situações serão pagas as gratificações, que podem ser: uma porcentagem sobre o fechamento de contratos, um valor pelo cumprimento de todas as metas de um departamento ou pela indicação de um novo cliente.
12. Fechar-se para a diversidade
Abrir espaço para a diversidade significa respeito e valorização das diferenças. Empresas fechadas para a pluralidade excluem dos seus quadros de funcionários pessoas com deficiência e homens e mulheres com etnias e opções sexuais distintas.
Quando diferentes perfis integram o ambiente corporativo, as pessoas se sentem mais à vontade em expressar ideias, o que contribui para a criatividade. Outro ponto interessante é a redução de conflitos, pois a partir do momento em que o respeito faz parte da essência da empresa, as equipes encontram mais facilidade em lidar com pontos de vista diferentes.
13. Ter um clima organizacional ruim
Se a boa convivência no trabalho é importante para a qualidade de vida, um clima organizacional ruim impacta negativamente no desenvolvimento da empresa e no desempenho das pessoas.
Para tornar o ambiente mais produtivo e engajado, o primeiro passo é fazer uma boa gestão, com respeito entre as pessoas, ter uma comunicação interna eficiente, traçar metas alcançáveis e valorizar quem escolheu trabalhar com você.
O combate a um clima organizacional tóxico também passa por pesquisas com os funcionários e a promoção da qualidade de vida no trabalho.
14. Não reconhecer um bom trabalho
As pessoas vão trabalhar para dar o melhor de si para um projeto e gostariam de ser reconhecidas sempre que fizerem um bom trabalho. Esse estímulo faz parte da natureza do ser humano e funciona como um motivador para a busca da excelência.
Valorizar e recompensar um trabalho bem feito é um dos passos para ter uma equipe engajada, saudável, produtiva e que se orgulha de fazer parte da empresa.
15. Não reter talentos
A retenção de talentos na empresa é consequência de uma gestão de pessoas consolidada, com remuneração justa e processos que promovam o bem-estar no ambiente de trabalho, deem oportunidade de crescimento e mantenham os funcionários engajados.
A organização que não retém os melhores talentos perde conhecimento, capital intelectual e referência, além de haver quebra na produtividade.
Valorize a equipe, o bom trabalho e as ideias transformadoras. Esses erros na gestão de pessoas podem ser riscados da sua empresa a partir de uma reflexão sobre os pontos que estão impactando nos negócios.
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