Marketplaces no agronegócio: você conhece essa tendência?
Quando falamos sobre tecnologia e agronegócio, logo vêm à mente criações como drones, sensores e maquinários modernos, utilizados diretamente no plantio e cultivo. Entretanto, existem muitos avanços que favorecem o crescimento do mercado.
É o caso dos marketplaces no agronegócio. O modelo de comércio eletrônico que já era um sucesso na venda de outro tipos de produtos vem se popularizando entre os produtores rurais e se tornando uma alternativa cada vez mais viável para aumentar as vendas e a receita.
Para entender melhor o que é um marketplace e como é possível aderir a esse modelo, prossiga com a leitura até o fim!
Afinal, o que é marketplace?
O marketplace é uma modalidade de lojas virtuais que funciona como um “shopping center”. Ou seja, ao contrário dos e-commerces em que há apenas um vendedor, nessa modalidade, o cliente pode comprar de diferentes anunciantes.
Para comerciantes, isso é muito benéfico, pois ao invés de ter que montar uma loja online, com todos os gastos que isso implica, ele pode usufruir de uma ferramenta pronta a preços acessíveis para vender seus produtos.
Para entendermos melhor essa modalidade, podemos pegar como exemplo alguns dos principais players dessa modalidade para o segmento B2C, como Amazon, Magazine Luiza, OLX, Mercado Livre e Americanas. Apesar de algumas dessas lojas terem seus próprios produtos e estoque, elas também comercializam itens de múltiplos vendedores.
Os marketplaces na agricultura são ainda mais recentes que aqueles destinados ao público geral. Eles estão muito ligados ao movimento de startups do agronegócio – as AgTechs – empresas que se utilizam da tecnologia para modernizar o setor e trazer melhores resultados. Alguns exemplos são: MF Rural, MeuCeasa, AgriPad e Orbia.
Vantagens e desvantagens dos marketplaces
Depois de saber do que se trata essa modalidade de comércio, chegou a hora de entender como funcionam, na prática, seus prós e contras para o agricultor – ou seja, quem vai disponibilizar seus produtos.
Vantagens
A principal vantagem que um marketplace pode proporcionar é a possibilidade de utilizar uma estrutura pronta para vender. Se você tivesse que criar seu próprio e-commerce para isso, o trabalho e os gastos seriam muito maiores, e ainda assim, não teria uma garantia de retorno.
Já em um marketplace, você pode aproveitar de uma estrutura pronta, marketing, alcance e autoridade bem construída ao seu favor no momento de expor o que foi produzido. Isso tudo pode resultar em um aumento nas suas vendas.
O custo de adesão costuma ser baixo – geralmente uma mensalidade ou uma taxa sobre os produtos que você está expondo.
O público qualificado também é um grande trunfo dos marketplaces, pois pressupõe-se que, se as pessoas acessaram aquela página, elas já estão preparadas para a compra e interessadas nos seus produtos.
Desvantagens
O primeiro fator apontado por muitos como um ônus desse tipo de negócio é a margem de lucro menor. Isso porque, ao expor seus produtos em um marketplace, você terá que pagar taxas, e consequentemente, o valor a receber será inferior.
Entretanto, vale lembrar que vender mais a uma margem de lucro menor ainda pode ser bastante vantajoso. Para isso, é preciso avaliar a viabilidade dentro do seu modelo de negócio.
Além disso, é importante ter em mente que você estará expondo seus produtos no mesmo ambiente virtual que seus concorrentes. Assim como em shopping center, é essencial oferecer bons preços, condições de pagamento e promoções para se destacar entre os outros players.
Como vender seus produtos em um marketplace agrícola?
Antes de mais nada, é de suma importância avaliar se esse modelo de negócio faz sentido para você de acordo com seu planejamento financeiro. Pesquise as taxas praticadas pelo mercado, e se possível, converse com outros produtores que trabalham nessas plataformas para averiguar se, em seu momento atual, isso representaria mesmo um aumento significativo nas vendas, ou se não traria apenas mais trabalho.
Lembre-se de analisar o panorama vigente. Isso não significa que, futuramente, o cenário não possa mudar.
Feito isso, pesquise mais a fundo quais os principais marketplaces, quais as condições de vendas, quais os prazos de pagamento, como funciona a logística de entrega, as plataformas, o cadastro de produtos… enfim! Faça anotações para auxiliar na sua tomada de decisões.
A partir daí, será preciso negociar com o marketplace e realizar o cadastro. É provável que, além de um CNPJ, você tenha precise de documentos como declaração de regime de tributação, inscrição estadual e alvarás de funcionamento.
Feito o cadastro, chegou o momento de registrar seus produtos. Lembre-se de fornecer descrições bem detalhadas de cada um dos itens e fotos de diferentes ângulos que despertem o interesse no comprador. Essa também será uma forma de se destacar entre os demais concorrentes.
Também verifique se é necessário fazer adaptações na sua logística para realizar a entrega dos produtos. Um frete rápido e sem empecilhos pode ser um diferencial para conquistar seu cliente.
Com os produtos no ar, chegou o momento das vendas. Em um marketplace, elas podem ocorrer naturalmente, em decorrência das buscas dos usuários, mas também é essencial que você faça divulgação por meio dos seus canais.
Use as redes sociais para divulgar os produtos, incluindo links direcionando para o site. Se possível, crie anúncios para atrair ainda mais pessoas para suas páginas.
Por fim, é importante que você esteja sempre atento à operação, identificando as melhores oportunidades de crescimento, os produtos que estão performando bem e fazendo correções sempre que possível. Assim, estará trabalhando para um melhor resultado.
Os marketplaces no agronegócio são um ótimo exemplo de como a tecnologia pode trabalhar a favor do setor, e têm se apresentado como excelentes oportunidades para que o produtor aumente suas vendas a custos acessíveis.
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